
Andava eu a saltitar na net, quando fui parar a este texto. E fiquei espantada. Certamente já o lera, pois li todos os volumes do diário. Mas, indubitavelmente, lera-o apenas com os olhos...
«" Coimbra, 30 de Abril de 1988 - Encontrámo-nos casualmente e contou-me mais uma das suas aventuras em que põe em risco todos os valores burgueses de que é ornamento._ Você, como já uma vez lhe disse, gosta de passear à beira dos abismos..._ Mas não caio em nenhum, já reparou? Porque será?_ Porque é incapaz de amar... »
Miguel Torga, diário XV, 111
copiado daqui
«" Coimbra, 30 de Abril de 1988 - Encontrámo-nos casualmente e contou-me mais uma das suas aventuras em que põe em risco todos os valores burgueses de que é ornamento._ Você, como já uma vez lhe disse, gosta de passear à beira dos abismos..._ Mas não caio em nenhum, já reparou? Porque será?_ Porque é incapaz de amar... »
Miguel Torga, diário XV, 111
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Prof,
ResponderEliminarEu não os li todos.
Este bocadinho é terrível... no melhor sentido. E a foto escolhida não podia ser mais adequada.
P.S.: Hmmm... a Luísa dos Camiões tem família concorrência :)
"Família e"
ResponderEliminarCuriosamente, iniciei um blog onde a última entrada tem um pouco a ver com esta. Convido-te a espreitar...
ResponderEliminar"Porque é incapaz de amar... "
ResponderEliminarDeve ser triste........
bjs e bom fds
Prof., sento-me aqui um pouco...descanso as pernas, a música convida a pensar nos abismos, que curiosamente, também já comentei noutro blog há uns dias atrás...nele (comentário) fiz analogia entre os abismos do Gerês e do amor :), que em mim se confundem, em imagens e formas liquidas, cores rubras antes da noite cair, metafóricamente falando de amor e sem qualquer metáfora, tratando-se dos abismos do Gerês ao pôr do sol...
ResponderEliminarNão eram cravos. Eram camélias no chão de uma estação de serviço nas Termas...daí a foto ter sido reduzida ao máximo (a paisagem era de carros, só este detalhe saltava à atenção)
Um beijo, um bom fim de semana, sem abismos, se possível...
:)
Arábica, suspeito que se trata da mesma fonte. Se clicar no «daqui», no fim do post, vai directa a um post que tem um comentário seu, que remete para o Gerês, sim. Aliás, muito provavelmente terei chegado a esse blog a partir do seu :-)
ResponderEliminarPara si, também, os meus vostos de um bom fim de semana... com amor.
1 bj
Prof.,
ResponderEliminaré efectivamente um fds (e mais uns dias) de amor. Apaziguados os abismos da velhice (será...?) as amarguras de uma vida (será...?) atordoadas as perdas (será...?) tenho a minha mãe comigo. Debaixo de olho. Não vá o diabo tecê-las (ontem foi levada no inem, caiu e desmaiou na via publica. Exames feitos, apenas diagnosticada uma quebra de tensão). Parece uma criança, a dormir a sesta, depois de ter sido "obrigada" a comer a sopinha toda, o queijo fresco e a banana... :))
Sem abismos no horizonte ou no querer, aqui estou placidamente, de mãos dadas com o tempo e o amor, desta feita, em forma de cordão umbilical...
:)) beijinhos e...já sa sabe: não se pode ter tudo :))
Mar, é triste, sim; já passei por isso. Felizmente, foi doença passageira :-)
ResponderEliminarbom fds também para si
e beijinhos
Arábica, não se pode, nem se deve ter tudo :-)
ResponderEliminarhá que ser minimamente selectiva :-)
Ternurento o seu relato. Sem abismos, de facto.
Mas que não se cuide que os não há entre mães e filhas. Sei de alguns. As filhas começam a falar uma língua diferente e querem obrigar as mães a aprender a nova língua e... é o cabo dos trabalhos :-)
E há também as que não aceitam que as mães não sejam perfeitas. E as que não aceitam que as mães envelheçam. É preciso força interior para fazer pontes sobre esses abismos :-)
beijinho
É necessário conversar muito com a "menina" que ainda temos dentro de nós, para que apareça a "velhota" que em nós coexiste.
ResponderEliminarDepois, há a troca de papéis: a minha mãe parece ter virado criança, eu de repente, envelheci...
É assim que parece funcionar :))
Essas flores e cores e imagens e luzes, oh! que maravilha!
Arábiaca, pois é, fala-se muito em não deixar morrer a criança que há em nós mas o problema, quanto a mim, está em não deixar crescer a velhota que há em nós. A nossa cultura não valoriza a idade, e é pena. Temos sempre muito a aprender uns com os outros - como dizem cá na serra, «todos juntos é que sabemos tudo»
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