sábado, 6 de dezembro de 2008

PERIGO

CUIDADO COM OS SINDICATOS!

Já assinaram uma vez à revelia dos profs e parece que querem mais....

Estão a pedir a criação de uma ORDEM!

7 comentários:

  1. Mar,

    Desta vez, não concordo. Os dirigentes dos sindicatos foram eleitos pelos professores. Há sindicatos de diversas tendências, que é, infelizmente, preciso conciliar. Se os professores não concordam com as posições dos sindicatos, é simples: convoquem uma assembleia geral extraordinária e demitam os corpos gerentes.

    Bem gostaria o foverno que os sindicatos acabassem, que os trabalhadores se voltassem contra os sindicatos... bem gostaria.

    Um beijo.

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  2. Prof.,

    Peço desculpa, no comentário anterior enganei-me no nome. É o que dá comentar em vários blogs ao mesmo tempo.

    Mas o conteúdo permanece.

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  3. ALIEN8
    NIM :-)
    ainda não lhe disse que tenho alma anarquista, pois não? :-)
    Para mim, a democracia mailos respectivos partidos e os sindicatos já não fazem sentido. Acho que é visível que já não são eficazes. Estão vazios de representatividade. O problema é que ainda não temos estrutura alternativa...
    Mas @s professor@s já mostraram que funcionam sem eles: quando descolaram dos sindicatos foram muito mais longe e mais unidos do que vão com o sindicato a tolher-lhes os pés e a querer conciliar o que é inconciliável.

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  4. Por acaso já tinha dito, Prof.!

    Mas eu não penso exactamente assim, como ficou explícito.

    Certo tipo der democracia, para mim, também não faz sentido, porque é falsa. Alma de anarca todos nós temos um pouco, acho eu... mas um dia direi talvez porque, embora tendo tido sempre bons amigos anarquistas e simpatizando com as suas acções, acredito que é necessário que haja organização na luta, hoje como ontem, e amanhã como hoje.

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  5. Alma de anarca, para mim, é diferente de alma de anarquista (e, depois de ter sabido que a Maria de Lurdes andou envolvida num grupo anarquista, até já tenho medo de falar em anarquia...)... a minha anarquia não tem caviar nem violência - por isso, não sei se estarei cá para a ver chegar - o que não me impede de trabalhar para ela. À minha anarquia, chega-se pelo saber, pois só o saber liberta. O problema da organização reside nos... organizadores! O povo diz que o poder corrompe; eu acho que não; a meu ver o problema é que o poder é atractivo sobretudo para os corruptos; porque os outros sabem que o poder é uma grande responsabilidade e que só pode ser exercido com muito saber. Quando falo em saber, sublinhe-se, falo do SABER SER e não de um amontoado de conheciemntos.
    Mas isto dava pano para mangas e eu tenho as beringelas ainda ao lume :-)

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  6. Prof,

    Para não deixar cair a ideia, acabei por escrever um pequeno texto que relata uma das muitas histórias que me fizeram acreditar na necessidade de organização e na inutilidade do espontaneísmo. Agradeço-lhe o facto de me ter levado a escrevê-lo, senão era bem capaz de ficar no tinteiro, quero dizer, no teclado...

    Vou deixá-lo aqui a seguir. Entretanto, percebo bem as suas ideias, evidentemente sem caviar (não gosto muito do termo "Esquerda caviar", parece-me mais uma forma de desacreditar a Esquerda, inventada, obviamente, pela Direita...), embora também entenda que o problema dos organizadores é extensivo aos que organizam a desorganização :)

    "O poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente", escreveu Lord Acton. É verdade, mas nem todos podem ser corrompidos, nisto concordo totalmente consigo. E não só nisto. Já há muito percebi que (citando-me a mim próprio:) "no essencial, estamos do mesmo lado". Desculpe a extensão do comentário, e aqui vai o meu textozito.

    «AS MASSAS

    Estava-se em plena crise académica, multiplicavam-se as acções de contestação à asfixia das universidades e ao regime fascista (não sou de meias palavras...), eram frequentes as assembleias de faculdade realizadas, necessariamente, à socapa.

    Numa dessas assembleias, enquanto se avançavam propostas de luta, um grupo de estudantes lembrou-se, sem mais nem menos, de propor que se acabasse ali mesmo a reunião que, segundo eles, não fazia sentido, e que as massas fossem imediatamente boicotar a aula, que decorria, de um catedrático facho, daqueles mesmo ultras. Combati a ideia como pude. Que era inútil, inconsequente, que havia coisas importantes a tratar, decisões a tomar, rumos a definir... Qual quê! Não me valeu de nada, nem a quem se pronunciara no mesmo sentido. A proposta do boicote da aula foi aprovada por maioria.

    Um dos proponentes, por sinal meu amigo, que isto de amizades não tem necessariamente a ver com posições políticas (e, de resto, estávamos, no essencial, do mesmo lado), declarou, muito satisfeito consigo próprio: “Colega Alien (digamos assim...), como vês, as massas não estão contigo. As massas estão fartas de conversa e de planos e querem acção imediata!”.

    Muito bem. Decisão tomada, avançámos todos em direcção à aula do fulano, a fim de a boicotar. A meio do caminho, o já referido colega abordou-me discretamente: “Colega Alien (digamos assim...), quando entrarmos na sala, importas-te de seres tu a falar, que eu já estou muito queimado?"
    Sorri, pensando com os meus botões que, em matéria de queimaduras, mal sabia o meu colega e amigo que nem me chegava aos calcanhares...

    Mas a resposta saíu-me rápida, e não resisti: “Colega, não te preocupes! As massas decidiram o boicote, as massas querem acção imediata, as massas hão-de falar!”

    Entrámos na sala e, claro, ninguém abriu o bico. O professor não se deu por achado e fez de conta que não tinha entrado ninguém. Continuou a dar a aula até ao fim, sem que se verificasse a mínima interrupção, o mais pequeno gesto de protesto.

    Pois é, isto das massas e da acção espontânea tem muito que se lhe diga... »

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  7. Ah, e boa sorte para as beringelas :)

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