terça-feira, 2 de dezembro de 2008

de um mail que recebi

[dizia-se num mail que ela... ]
1) tinha crescido na Casa Pia;
2) frequentara o Curso Comercial (que não dava acesso ao Magistério Primário);
3) aproveitara as «equivalências do 25 de Abri» para transitar ao 5º dos Liceus e daí, então, ao Magistério;
4) e que, já no exercício do primário, aproveitara para passar ao ensino dos 5º e 6ª anos (ciclo preparatório);
5) aí, entrara na guerra de o ciclo ser dado por professores com formação universitária que recusavam«os outros» ;
6) esta guerra terminou com mais um achado: quem tinha o magistério fazia não sei o quê e passava a ter equivalência ao 7º do liceu - estando assim habilitada a ensinar no ciclo. Daqui, creio que passaram a bachareis (o mesmo acontecendo às antigas «regentes escolares»).
7) Sendo bachareis, tinham o direito a inscrever-se directamente num curso universitário.Foi escolhido o ISCTE;
8) que, no ISCTE, em 5 anos fizera licenciatura, mestrado e doutoramento - ingressando de imediato no corpo docente do ISCTE.
NOTA EXTRA SOBRE O ISCTE:Sabe-se que é uma pertença do PS. Mas não podemos daqui concluir que é, apenas, escola de socialistasou que todos o são ou que todos entram do mesmo modo.Sabe-se é que, apesar das reformulações gerais de universidades, o ISCTE não pertence a nenhuma Universidade, nenhuma o albergou:- não pertence à Universidade de Lisboa ( a vulgarmente denominada «Clássica», e que deve ser a tua);- não pertence à Universidade Nova de Lisboa ( que tem Sociologia);- não pertence à Universidade Técnica de Lisboa;- não pertence à Católica.O ISCTE é uma escola pública que faz vida de faculdade mas não é, de facto, parte de qualquer universidade. É mais do estilo autónomo e revolucionário. Tem cursos inauditos, faz promoção de cursos nas escolas secundárias e está ligado às «novas alternativas» e às «novas oportunidades», etc.. Consta que os «exames» de um tal J.Sócrates são de lá, através de professores de lá «sediados» na Moderna.De tudo isto o que se sabe de fonte segura é que a Moderna fechou e «acabou completamente acabada».O que significa que não há arquivos.Os alunos que transitaram levaram os seus papeis em mão para onde lhes indicaram e pronto, acabou-se.Quem tinha diploma, diplomado ficou - pode pôr na parede.


E DIGO EU: SE O BOM JULGADOR POR SI SE JULGA, 'TÁ-SE MESMO A VER O TIPO DE PROF QUE ELA É... ou foi... sei lá....

E continuava o mail:
[...]dias atrás, no teu blogue, encontrei referências ao curriculo da senhora e fui aos links exactamente para ver se apurava mais alguma coisa: não apurei nada, como era de prever. A data do doutoramento que figura leva a pensar que entre a licenciatura (ou o início da) e o doutoramento decorrem cerca de 12 anos. Mas é tão fácil a gente trocar os números a escrever! Em consequência, fiquei com a mesma pulga na orelha.Mas há um ponto: ninguem diz o que ela fez na Casa Pia, que escola frequentou ou até quando esteve lá. Nesse tempo os casapianos viviam na Casa Pia mas frequentavam escolas públicas regulares. Lá dentro havia «cursos profissionais», como por exemplo o de relojoaria, que era famoso, artes gráficas, etc.. Não sei o que haveria para as raparigas - embora não me pareça que escapassem à costura. Com a democratização criada com o 25 de Abril, as crianças passaram a frequentar até ao 9º ano o ensino regular no exterior e só depois poderiam frequentar os profissionais da Casa ou prosseguir «consoante» conseguissem amanhar-se.É curioso que na entrevista dada ao Público há alguém que menciona o jeito e o gosto dela pela costura: concretamente alguem diz que para além de gostar de fazer vestidos para si própria, muitas filhas de amigas tinham vestidos «cortados e feitos por ela para as suas bonecas».
Resumindo e concluindo: tudo isto são lebréus e respectivas conjecturas? É possível.

2 comentários:

  1. A entrevista em referência é a do Público e não do Expresso.

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  2. Já corrigi, obrigada - tinha-me limitado a fazer «copy/paste» e, como há muito que não leio o Expresso, não me apercebi de que havia um lapso.

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